sábado, 20 de junho de 2015

Retirado,com autorizaçao, da página de Facebook de Natália Correia Nuno.Bjs.

Poema de Sebastião da Gama com mais de meio século de existência e tão actual
Meu país desgraçado...
E no entanto há Sol a cada canto
e nã...o há Mar tão lindo noutro lado. ...
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas ...
Meu país desgraçado!...
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Povo anêmico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!

2 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Bom dia Amiga

Parabéns por este poema fantástico!


Beijo, bom sábado.

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Elvira Carvalho disse...

Não conhecia e achei lindo.
Amiga o povo português é masoquista. Quando tem o poder de dar a virar a mesa, chega às urnas e vota nos mesmos. Será fado? Karma? Não sei. Mas que é muito estranho é.
Um abraço e bom fim de semana